sexta-feira, 7 de novembro de 2008

Pesadelo Infiltrado


Alagado de sentimentos profusos

Essa indigestão não brilha mais tão forte

Quanto os olhos verdadeiros da realidade

Confusa, com medo ou nervosa

Nem a piscadela da vida refugiada em cântaros obscuros impregna mais na mente


Estes pesadelos estrambóticos

Fugindo de zumbis aniquilados e famintos

Esta versão aparece à vista detrás dos olhosAcordado

Mas tão meramente igual ao real


Os zumbis voltam a circular pelas ruas

Nostálgicos como palhaços infelizes


Agora, outras cordas a dedilhar

Tão pequenas quanto às confusões estrábicas que há para se meter

Mas mesmo assim

Difundem o inconsciente nessa imensidão de pensamentos enforcados


Infiltram-se estes pesadelos na Inocência de dormir

E deslocam-se entre diversões e torturas diversas

Mas o que serão afinal?

Um desastre futuro ou uma demonstração do (ir) real itinerante?


As tentativas de outros sonhos

Falhas e calosas

Até mesmo desastradas

Mas mesmo assim, a vontade de voar em outros céus e novas angustias permanece


Intacto em devaneios diários

Inconcretos até então

E nisso, nenhum medo

Tão pouco impressionante...

Pois um ‘futuro’ já é programado em caso de derrota
"Uma mente andrógina num mundo de lâminas e pontas infectadas, das mais variadas desgraças..."